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"Cortas-me?"

Não sou um coração magoado mas, o que tenho, antes não mo tivessem dado.
Gostaria que mo arrancasses do peito.
Fazes isso?
Metes-me a faca na carne e cortas a eito?
Fazes isso?
Não precisas de ter a mão firme e fazer um corte com jeito.
Mesmo que deixes um desnível na carne, e o sangue escorra sem arte.
A imperfeição é um aparte.
Aceito.
Oh, diz que fazes!
Diz que és dessas pessoas capazes.
Corta-me com determinação assassina.
Escava-me o peito com a mesma ganância obcecada com que se procura o maior diamante nas profundezas da mina.
E, depois, diz que o fizeste por amor...
Seja o motivo qual for.

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