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Fazer-te uma confidência



Vou fazer-te uma confidência:
Aprendi o ofício dos sonhos em versos
Que se colam ao corpo, no fascínio ardente
De olhos teimosos de sonetos.
Há um espaço meu dentro de cada poema,
Um espaço verde e cheio de areia,
Um lugar de mudez, agasalhado de certezas.
Aprendi a voar em linhas, indecisa no azul
Das canetas. Irada e louca aprendi a decifrar
Enganos, nomes invernosos e pesados,
Desfigurei névoas futuristas, dedilhei a medo
O estalar das pedras e das águas.
Parei no frio de uma manhã qualquer e,
Descobri as coordenadas dos meus sonhos:
Perto, perto como as tuas mãos nas minhas.
Vou fazer-te uma confidência:
A tua presença é o tempo que volta,
É sinfonia que se cola ao corpo, no fascínio ardente
De olhos teimosos de sonetos.
Há um espaço meu dentro de ti,
Um espaço verde e cheio de areia,
Um lugar de mudez, agasalhado de certezas.
Nas coordenadas dos meus sonhos,
Encontrei as tuas.


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